História
A família Barreira, natural de S. Brás de Alportel, teve desde sempre uma ligação próxima ao sector da cortiça, através de Manuel da Silva Barreira Júnior, que no final do Séc. XIX início do Séc. XX, detinha uma importante unidade industrial de transformação de cortiça em São Brás de Alportel, com ligações às principais empresas exportadoras de cortiça. No início do Século XX, os dois irmãos, José e João Barreira, emigraram para os EUA onde se estabeleceram durante cerca de 10 anos e realizaram inúmeros contactos com o mercado de exportação de cortiça. Regressam a Portugal, com uma visão empreendedora e com enorme sentido de negócio. Inauguram a primeira fábrica de preparação de cortiça, na localidade do Barreiro, e começaram a exportar para os EUA, Alemanha e União Soviética. O mercado da União Soviética e dos países de leste, viria a ter um papel preponderante no volume de negócios da empresa. Os sócios-fundadores José e João da Silva Barreira, deslocaram-se por diversas vezes à União Soviétiva, logo após a revolução comunista. Ao mesmo tempo vão adquirindo diversas propriedades de montado de sobro que lhes permitem a obtenção de matéria-prima diretamente da floresta para as unidades industriais, concretizando assim um dos objetivos que se propunham atingir. Na década de 40 possuíam 4 fábricas a laborar, empregando cerca de 1.000 operários.
Em 30 anos, o pequeno grupo familiar transforma-se num dos principais agentes económicos do sector da industrial cortiça como também num dos principais produtores florestais de cortiça a nível mundial.
Na década de 60 com o falecimento de José, Henrique e João da Silva Barreira, as unidades industriais são desativadas em 1973, e dá-se a divisão parcial das propriedades florestais pelos respetivos herdeiros.
Cerca de metade deste património florestal e agrícola, ficou a pertencer ao casal Maria José e Henrique da Silva Barreira, ambos filhos dos sócios fundadores, o qual foi totalmente ocupado, expropriado e nacionalizado durante o período da reforma agrária, recuperado 10 anos mais tarde, completamente desprezados e abandonados, com uma perda de produção de cortiça na ordem dos 35%.
Na década de 90 iniciou-se um período de investimento assinalável na recuperação e melhoramento fundiário das explorações florestais e agrícolas, como por exemplo em vedações, novas plantações, recuperação de montes, etc.
Com a entrada do Séc. XXI, surgem novas áreas de negócio, nomeadamente a pecuária, o olival, Pinha e otimização das áreas de regadio.
Após o falecimento do Casal, Maria José e Henrique, o património mantêm sob gestão única, através de 4 empresas agrícolas e do Fundo Especial de Investimento Imobiliário Josiba Florestal.